Este foi o título escolhido por Pe. Pedro Maione, SJ, para a Manhã de Espiritualidade no CIES, no último domingo, dia 17 de junho, quando iniciou afirmando que Nossa Senhora é quem nos ajuda na caminhada, é o nosso guia. E prosseguiu, ressaltando que nós conhecemos Nossa Senhora quando tinha mais ou menos dezesseis anos, na casinha de Nazaré, era uma adolescente que vivia com seus pais Ana e Joaquim. Devemos olhar e aprender com ela, que disse “Eis aqui a escrava do Senhor. Faça-se em mim segundo tua palavra” (Lc 1,38). “Escrava” porque não tem vontade própria, é a escravidão do amor. E ela foi fiel até os 72 anos. Devemos olhar e perguntarmo-nos: procuramos tornarmo-nos escravos/as de amor?
O “faça-se” é muito sério, é diferente de “eu farei”. Santa Terezinha disse algo parecido, ela queria ser como uma bola para uma cirança, que fica no canto da sala, esperando que a criança pegue para brincar... Precisamos afastarmo-nos da Maria melosa, adocicada e aproximarmo-nos da Maria que até puxa as orelhas de Jesus (Lc 2,48). É a Maria do “faça-se”, que cala e “guarda tudo no coração”. A este Filho, aos 34 anos, ela manifesta que não há mais vinho na festa e diz aos seventes: “Façam tudo o que ele vos disser”.
Esta Maria é que deve estar presente em nossa vida, principalmente nos momentos mais difíceis, porque no meu coração tem o “faça-se”. Podemos perceber que, na cruz, Maria também diz, talvez com lágrimas nos olhos, “faça-se”! A tendência é sempre suavizar, mas o “faça-se” pode estar molhado de lágrimas e até de sangue. Então, com Maria, devemos dizer: “faça-se”!
É importante olhar para a Maria de Nazaré, de Belém, de Caná e do Calvário, porque é, sempre, a Maria do “faça-se”. Maria não é uma deusa, é uma criatura como nós, mas é a mãe de Deus. Deus quis que ela o fosse, por isso, no Calvário, diz: “Eis o teu filho, eis a tua mãe” (Jo 19, 26-27). É preciso acrescentar ao amor que temos por Maria a qualidade do “faça-se”, que significa aceitar e agradecer. Através de Maria e da Eucaristia, devemos chegar ao “faça-se”.
Pe. Pedro alertou-nos para indagar: como está a minha devoção a Maria? Precisamos, primeiro, sentir, aproximarmo-nos do “faça-se” e, depois, imitar, isto é, passar da oração meditativa para a oração contemplativa. Deixando-nos encantar por Maria, a Nossa Senhora do “faça-se”, contemplando-a, a nossa vida se transforma.
Também destacou que, muitas vezes, nos esquecemos de contemplar Nossa Senhora no Cenáculo, quando o grupo de fiéis está reunido e, entre eles, está a Mãe! Será que os discípulos compreenderam o que estava acontecendo? O que aconteceu na alma, no coração de Maria? É preciso entrar neste cenáculo e olhar para Maria. O que aconteceu com Maria, quando comungou e se tornou, novamente, sacrário vivo? Neste momento, o coração de Maria e o coração de Jesus formam um só coração!
Indagou, então: e nós, como comungamos? Quando comungamos, tornamo-nos irmãos de sangue, é o sange de Cristo que circula em nós. Nós nos deixamos assimilar por Ele? Sinto que é Cristo que vive em mim? Pe. Pedro, então, suplicou: “que Maria na e da Eucaristia possa ajudar-nos neste momento único, quando comungamos”! E provocou: a Eucaristia é só uma devoção ou consegue nos transformar, nos transfigurar? Nosso coração pega fogo? Somos incendiários ou bombeiros que apagam o fogo do Senhor? O que é a Eucaristia para mim? Quando vou comungar, vou com Maria?
Concluiu, convocando-nos: “Peçamos, por Maria, a graça de ser profundamente eucarísticos”! Imaginar Maria recebendo a Eucaristia de um apóstolo, ela, que deu o Filho ao mundo! Peçamos a Maria que acenda em nós o fogo do amor, ela que é a Mãe do Divino Amor”! (Marize pitta)
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