A Constituição Sacrosanctum Concilium foi o primeiro documento a ser discutido no Concílio Vaticano II, justamente porque, com relação a esta Constituição, havia maior concordância entre os padres conciliares do que sobre os outros documentos, devido à necessidade e ao desejo de profunda renovação da liturgia em vigor. Assim, houve quase unanimidade na votação, e foram, apenas, quatro votos contra. Seu texto foi solenemente promulgado pelo Papa Paulo VI em 4 de dezembro de 1963, há exatamente quatrocentos anos do encerramento do Concílio de Trento (4 de dezembro de 1563).
Graças a este desejo e à incansável atuação do Movimento Litúrgico da primeira metade do século XX, que vinha preparando, em diversos âmbitos, os espíritos para tal reforma, foram facilitadas as transformações que estavam para acontecer no campo litúrgico, nos disse padre José Raimundo durante o Curso promovido pelo CIES nos dias 20 e 21 de outubro. Após explicar o contexto em que aconteceu o Concílio, prosseguiu estudando, com os participantes, a Constituição Apostólica Sacrosanctum Concilium, de forma que o grupo pôde conhecer e despertar para mais interesse e cuidado com a liturgia.
Considerando o panorama geral deste importantíssimo Documento, Pe. José Raimundo apresentou um pequeno resumo sobre o movimento litúrgico e o Concílio Vaticano II, cujo objetivo era aproximar o povo da liturgia e a liturgia do povo, destacando algumas figuras importantes para o movimento litúrgico, tais como: Lambert Beaduin, Odo Casel, Ciprano Vagagini. Através de um gráfico, explicou o Plano da Salvação em três momentos principais: eternidade, tempo, eternidade, onde a Liturgia, último momento da historia da salvação, realiza o mistério Cristológico-trinitário da economia divina: planejamento do amor de Deus. (Cf. gráfico ao lado)
Também foram abordadas as seguintes temáticas, que se constituíam em objetivos: como fomentar a vida cristã dos fiéis, acomodar as instituições às necessidades da época atual, favorecer a união dos que creem em Cristo e promover o chamado de todos ao seio da Igreja; a questão da inculturação, com destaque para notas históricas, mostrando a formação da Igreja das origens e seu desenvolvimento no decurso dos séculos; foram citadas as contribuições judaica e helenística para a liturgia cristã, sabendo-se que a novidade do culto cristão não está na forma, mas no conteúdo.
Para encerrar o curso, padre José Raimundo presidiu a Celebração Eucarística na Capela Santo Inácio, Colégio Antônio Vieira. (Cesarina Marques)
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