Esta foi a temática
proposta por Ir. Epifânio, jesuíta, que iniciou convidando-nos a trabalhar, não
o conceito semântico, porém o sentimento que Inácio captou e trouxe para os EE,
visando, com isso, que esta “indiferença” faça parte do nosso cotidiano.
Assim, lançou-nos numa
vivência, com o objetivo de examinar o grau de liberdade que temos em relação às
coisas e às pessoas, lembrando que: 1) o discernimento é entre duas coisas
boas, das quais uma se tornará melhor: é a pérola escondida; 2) a vida vai
tirando “coisas”, por isso é importante ir-se desapegando; 3) podemos usar as
“coisas”, não as amar, porque não há interação com elas, não há retorno. Então,
a indiferença corresponde a saber retirar
e o discernimento a saber o que retirar,
ou seja, pressupõe ser indiferente com as coisas e ter discernimento com as
pessoas.
Retomamos os textos
bíblicos para um tempo de oração, com as respectivas orientações, e as seguintes
indagações: como esses questionamentos
reverberam no dia-a-dia?Quais as vontades e os desejos meus e do mundo que me
cerca?
·
Gn
22, 1-18: quem discerniu o quê?
·
Mt
21, 28-31: eu digo sim ou digo não a Deus? Falo e vivo?
·
Mt
6,9-10; Mt 26,39: eu faço a vontade de quem?
Após a partilha da
oração, complementamos a temática “A Indiferença Gera Discernimento, que gera Indiferença” e focamos o tema
transversal, para maior entendimento do que foi experienciado: 1) na Dinâmica: a mobilidade visível; 2) somada à
Vivência: a mobilidade invisível; 3)
que resultou na Experiência: “Intimus
intimum meum”, ou seja: Deus está no mais íntimo meu.
Tendo em vista o aprofundamento
do texto Gn 22, 1-18, refletimos:
·
“depois”: o agora é sempre depois de...
por isso é necessário perceber as conexões
·
Deus está ali e chama Abraão; não tem
como não ouvir; pode não atender, porém não tem como não ouvir
·
A personalização de quem é o filho:
Deus dá a identidade
·
Deus dá a missão: “parte e oferece”
·
Os tempos: o nosso e o que Deus nos dá;
“levantou cedo”: como está a disposição para fazer o que não queremos?
·
Reúne dois grupos (relações): os
criados e o filho
·
Preâmbulo longínquo: preparar/cortar a
madeira
·
“ao terceiro dia”: chega aonde devia
chegar
·
“fiquem aqui”: os servos e o jumento,
pois agora sou eu, meu filho e Deus
·
A promessa de “ir e voltar”: promessa
que gera esperança
·
O filho carrega a madeira
·
O diálogo pai e filho: relação
(mobilidade visível e mobilidade invisível)
·
O acessório e o essencial: Isaac
questiona, nós oferecemos a Deus o essencial
·
A resposta de Abraão é uma intenção, é outra promessa: "Deus proverá!"
·
Caminhavam juntos: porém é diferente a
mobilidade visível e a mobilidade invisível
·
Isaac é amarrado e posto na lenha: as amarras
que o mundo nos impõe
·
Só Deus tem a última Palavra
·
Deus chega no tempo certo, Ele não se
atrasa
·
Deus se distingue dos deuses quando
pede para não matar, porque não quer sacrifício humano, é o Deus da Vida, passa
a Abbá
·
Deus relembra que Abraão não poupou o
seu próprio filho
·
Ouviste minha voz e, como te provei,
vou te abençoar
·
Deus prova e abençoa: tem a alegria
inicial, o sacrifício e a benção.
·
Concluímos, constatando que, à exceção
de “levantou cedo” e “amarrado e posto na lenha”, tudo o mais está relacionado
com o Mistério Pascal, tudo nos fala e nos remete ao Cristo Ressuscitado! (Marize Pitta)
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