Céu,
Purgatório, Inferno:
A
razão da nossa esperança para além da morte. Esse tema, muitas vezes,
não é bem aceito, embora, desde os tempos mais remotos, o homem procure dar
resposta a um dos principais enigmas da humanidade: a morte. Mas, o que a nossa
fé nos diz, o que devemos esperar?
Enquanto
muita gente diz que a morte é “a última coisa de nossa vida”, o professor,
Padre Geraldo De Mori, sj prefere dizer que é a “penúltima coisa”, e isto
explicou ao longo do curso, nos dias 26 e 27 de abril, no CIES.
A morte, por
aparecer como a última palavra da vida, desperta muitos sentimentos,
principalmente quando se perde alguém muito querido. Foi assim que padre
Geraldo iniciou o curso e, depois, nos levou a uma viagem pela história da
humanidade, na qual, o homem, por ser “o único” animal que sabe que vai morrer,
usa de símbolos, ritos, marcas, luto, missas, monumentos, sepulturas e crenças,
para, de algum modo explicar, lidar com a perda e enfrentar o problema da
morte.
Sábado,
primeiro dia do curso, foram abordadas as tentativas do homem para explicar o
modo como ele enfrenta o problema da morte, isto é, os argumentos; inicialmente,
pelos que são adeptos da Reencarnação, as religiões mais antigas, principalmente
no mundo asiático; em seguida, as principais formulações das doutrinas reencarnacionistas
(hinduísmo, budismo, religiões gregas antigas, mundo moderno, espiritismo
kardecista e brasileiro).
Para
o domingo foi reservado o tema da Fé na Ressurreição dos mortos, adotada pelas
religiões judaica, Islâmica e pelo Cristianismo, focalizando a fé na ressurreição
ao longo da história da fé cristã e como pensar, hoje, a fé na ressurreição dos
mortos. Por fim, como a Igreja, ao longo dos séculos, foi relendo a fé na
ressurreição dos mortos. O
professor conseguiu explicar não só o que as grandes religiões pensam sobre a
vida depois da morte como o caminho que a Igreja Católica percorreu até chegar
às formulações que a nossa escatologia nos propõe hoje.
O público, com diversos níveis de
conhecimento do assunto, se encantou com o conteúdo e com a maestria e
suavidade com que o eminente palestrante, doutor em teologia pelas Facultées
Jesuites de Paris, Professor de antropologia teológica e escatologia cristã na
Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia, a FAJE , apresentou o conteúdo do
curso, ancorado em documentos da Igreja, citações bíblicas, ao lado de
teologias diversas, desde os primeiros Padres da Igreja, passando por diversos
concílios, até os dias de hoje.
O Cies nos ofereceu uma
oportunidade ímpar neste final de semana. O título talvez tenha amedrontado
alguns que não se inscreveram, mas que nem de longe imaginam o que perderam.
Saímos preenchidos e tranquilos, agradecidos e esperançosos de voltar a tê-lo
conosco, pois, transmitindo conhecimento, sabedoria e leveza, Padre Geraldo
encerrou o curso com uma Celebração Eucarística, na qual fizemos a nossa
profissão pausada e conscientemente, conforme a fórmula:
Creio em Deus
Pai todo Poderoso Criador do Céu e da terra, e em Jesus Cristo, seu único filho
nosso Senhor.
Que foi concebido pelo poder do Espírito
Santo.
Nasceu da Virgem
Maria.
Padeceu sob
Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado.
Desceu à mansão
dos mortos e ressuscitou ao terceiro dia.
Subiu ao céu, está sentado à direita de Deus
Pai todo Poderoso,
(Cesarina Marques e Lêda Pedreira)
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