segunda-feira, 13 de maio de 2013

A Indiferença Inaciana Gera Discernimento


Esta foi a temática proposta por Ir. Epifânio, jesuíta, que iniciou convidando-nos a trabalhar, não o conceito semântico, porém o sentimento que Inácio captou e trouxe para os EE, visando, com isso, que esta “indiferença” faça parte do nosso cotidiano.
Assim, lançou-nos numa vivência, com o objetivo de examinar o grau de liberdade que temos em relação às coisas e às pessoas, lembrando que: 1) o discernimento é entre duas coisas boas, das quais uma se tornará melhor: é a pérola escondida; 2) a vida vai tirando “coisas”, por isso é importante ir-se desapegando; 3) podemos usar as “coisas”, não as amar, porque não há interação com elas, não há retorno. Então, a indiferença corresponde a saber retirar e o discernimento a saber o que retirar, ou seja, pressupõe ser indiferente com as coisas e ter discernimento com as pessoas.

Retomamos os textos bíblicos para um tempo de oração, com as respectivas orientações, e as seguintes indagações: como esses questionamentos reverberam no dia-a-dia?Quais as vontades e os desejos meus e do mundo que me cerca?
·         Gn 22, 1-18: quem discerniu o quê?
·         Mt 21, 28-31: eu digo sim ou digo não a Deus? Falo e vivo?
·         Mt 6,9-10; Mt 26,39: eu faço a vontade de quem?

Após a partilha da oração, complementamos a temática “A Indiferença Gera Discernimento, que gera Indiferença” e focamos o tema transversal, para maior entendimento do que foi experienciado: 1) na Dinâmica: a mobilidade visível; 2) somada à Vivência: a mobilidade invisível; 3) que resultou na Experiência: “Intimus intimum meum”, ou seja: Deus está no mais íntimo meu.

Tendo em vista o aprofundamento do texto Gn 22, 1-18, refletimos:
·         “depois”: o agora é sempre depois de... por isso é necessário perceber as conexões
·         Deus está ali e chama Abraão; não tem como não ouvir; pode não atender, porém não tem como não ouvir
·         A personalização de quem é o filho: Deus dá a identidade
·         Deus dá a missão: “parte e oferece”
·         Os tempos: o nosso e o que Deus nos dá; “levantou cedo”: como está a disposição para fazer o que não queremos?
·         Reúne dois grupos (relações): os criados e o filho
·         Preâmbulo longínquo: preparar/cortar a madeira
·         “ao terceiro dia”: chega aonde devia chegar
·         “fiquem aqui”: os servos e o jumento, pois agora sou eu, meu filho e Deus
·         A promessa de “ir e voltar”: promessa que gera esperança
·         O filho carrega a madeira
·         O diálogo pai e filho: relação (mobilidade visível e mobilidade invisível)
·         O acessório e o essencial: Isaac questiona, nós oferecemos a Deus o essencial
·         A resposta de Abraão  é uma intenção, é outra promessa: "Deus proverá!"
·         Caminhavam juntos: porém é diferente a mobilidade visível e a mobilidade invisível
·         Isaac é amarrado e posto na lenha: as amarras que o mundo nos impõe
·         Só Deus tem a última Palavra
·         Deus chega no tempo certo, Ele não se atrasa
·         Deus se distingue dos deuses quando pede para não matar, porque não quer sacrifício humano, é o Deus da Vida, passa a Abbá
·         Deus relembra que Abraão não poupou o seu próprio filho
·         Ouviste minha voz e, como te provei, vou te abençoar
·         Deus prova e abençoa: tem a alegria inicial, o sacrifício e a benção.
·         Concluímos, constatando que, à exceção de “levantou cedo” e “amarrado e posto na lenha”, tudo o mais está relacionado com o Mistério Pascal, tudo nos fala e nos remete ao Cristo Ressuscitado! (Marize Pitta)

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