domingo, 15 de dezembro de 2013

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Deus vem visitar o seu povo...

Este foi o tema da Manhã de Espiritualidade no CIES, dia 01 de dezembro, quando Pe. Eliomar Ribeiro,SJ convidou os participantes à reflexão e oração, com o objetivo de preparar-se para o Natal do Senhor. Assim, iniciou ressaltando que a questão do Advento, na história de Israel é vista de uma maneira, com a vinda de Cristo é de outra e, depois de Cristo, nós temos uma nova visão.
Para o povo de Israel, é um tempo de preparação e o profeta Isaías é figura de importância nesta preparação. Dois lugares também são importantes nesta época: o Templo de Sião e o Templo de Jerusalém. Lembremos que a MONTANHA é o lugar do encontro com o Senhor, por isso também os budistas construíram seus templos nas montanhas. Logo, ADVENTO é tempo de preparação para o encontro com o Senhor, dia em que um deus visitava o seu povo, como no RAMADÃ(local de encontro) cuja proposta é, também, visitar o templo em Meca. Nós, católicos também visitamos Jerusalém.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

A GRUTA

A Gruta solitária e fria, onde só mugido havia
sentia no seu só
a dor do vazio.
Mesmo olhando para o alto
somente dó das estrelas ela sentia
pois a cintilação celeste, para a Gruta, nada dizia.
E o tempo passava, nada mudava
e mais a Gruta se encolhia
às vezes de frio e, às vezes, ela mesma não sabia.
Mas, numa noite, algo despertou seu querer acordar
uma ternura ela sentia; uma Luz quase perto – um parto – se fazia.
Um chorinho encheu a Gruta, e uma vibração o seu coração
que sem querer acordar (e já desperto) tanta doçura sentia.
No silêncio da Terra, que embalava o céu, ela dizia a si mesma:
“Deixa-me sonhar que a Vida entra no meu coração, a alma curada ouve dos anjos a canção”.
“Dorme, Gruta” repetia, repetia... e, totalmente desperta,
chorou todas as lágrimas da alegria que se entregava, e extasia.
O choro de uma Criança...
Uma jovem...
Um homem...
O Mistério...
A Gruta...
Deus se fez Menino pequeno
E era tanto brilho que a Gruta, na mesma Luz, reluzia.
O Menino nasceu
a Gruta se eternizou
e o que antes era tristeza
agora nada mais quer.
Entrega o coração
Que só de Amor se sacia.

“Ver Deus em todas as coisas
E todas as coisas em Deus” (Mirian Sales, dezembro 2013)

O Presépio do CIES

Anualmente, no advento, Mirian arruma, no CIES, uma ambientação que ajude a vivenciar e refletir a simplicidade, a simbologia e a riqueza deste tempo litúrgico, presenteando-nos com um Presépio confeccionado com pão, uma alusão a Belém, que significa “Casa de Pão”, e fruto da sua oração pessoal.
Este ano de 2013, como ela mesma nos explicou, a gruta foi confeccionada em pão preto, com diversas fendas que permitem a passagem da luz, uma luz que está na Criança e, também, no teto, onde foi colocado o pão de milho, cuja coloração remete ao amarelo, ao dourado. A toalha de retalhos que acolhe o Presépio na recepção do CIES é um símbolo do Grupo Santo Inácio, foi objeto de reflexão em nossas reuniões, sinalizando a diversidade, o ir e vir, a proximidade e a distância, a presença e a ausência das companheiras de caminhada.

A gruta, no Presépio que está em nossa Capelinha, é a própria autora, somos nós, é o ser humano que contempla a cena e se deixa transfigurar. O teto é o mistério, que acolhe e protege; neste ano, indica que o céu se partiu e deu espaço ao Mistério: “Deus é Luz e Nele não há treva alguma”. Para melhor compreender o processo de construção desta metáfora, Mirian redigiu o poema “A GRUTA”. Disponibilizamos, aqui,  texto e fotos. Boa contemplação! (Marize Pitta)


domingo, 1 de dezembro de 2013

Parada Obrigatória...

Na vida de cada um de nós, sempre acontece um "freio de arrumação", quando a corrida para a Terra Prometida não obedece às sinalizações do GPS. Nesta parada obrigatória, experimentada não só por Santo Inácio de Loyola, o silêncio é mais profundo e escutamos a voz de Deus com mais clareza.
Eis o que escutei: "O valor psicoteológico da Ceia"!
Como psicóloga, tenho algum conhecimento da psicanálise freudiana, que fala do desenvolvimento emocional da criança. Contudo, somente agora fui capaz de entender a pedagogia de Jesus, quando, na Santa Ceia, ele diz "isto é o meu corpo, tomai e comei". Ele está ancorando a Comunhão da Santa Ceia na organização da vida psíquica de cada um de nós como bebê; Ele toca na memória de cada um, quando o corpo e leite maternos foram doados. Primeira marca da oferta do amor gratuito e incondicional.
Deus, na sua sabedoria infinita, nos criou para sermos organizados psiquicamente dessa forma e instituiu a Santa Ceia justamente em torno dessa experiência mais primitiva de amor, para, espiritualmente, também termos nossa interioridade organizada desde a base.
A boca é orgão de entrada do leite materno, símbolo do amor humano que se diviniza na Eucaristia, quando Jesus também oferece seu corpo e sangue e confirma a nossa identidade de filhos do mesmo Pai.

Na verdade, o corpo e o sangue de Cristo oferecidos têm um sabor eterno, que alimenta e organiza a nossa alma cada vez que os recebemos. (Mariza Athayde)