domingo, 1 de dezembro de 2013

Parada Obrigatória...

Na vida de cada um de nós, sempre acontece um "freio de arrumação", quando a corrida para a Terra Prometida não obedece às sinalizações do GPS. Nesta parada obrigatória, experimentada não só por Santo Inácio de Loyola, o silêncio é mais profundo e escutamos a voz de Deus com mais clareza.
Eis o que escutei: "O valor psicoteológico da Ceia"!
Como psicóloga, tenho algum conhecimento da psicanálise freudiana, que fala do desenvolvimento emocional da criança. Contudo, somente agora fui capaz de entender a pedagogia de Jesus, quando, na Santa Ceia, ele diz "isto é o meu corpo, tomai e comei". Ele está ancorando a Comunhão da Santa Ceia na organização da vida psíquica de cada um de nós como bebê; Ele toca na memória de cada um, quando o corpo e leite maternos foram doados. Primeira marca da oferta do amor gratuito e incondicional.
Deus, na sua sabedoria infinita, nos criou para sermos organizados psiquicamente dessa forma e instituiu a Santa Ceia justamente em torno dessa experiência mais primitiva de amor, para, espiritualmente, também termos nossa interioridade organizada desde a base.
A boca é orgão de entrada do leite materno, símbolo do amor humano que se diviniza na Eucaristia, quando Jesus também oferece seu corpo e sangue e confirma a nossa identidade de filhos do mesmo Pai.

Na verdade, o corpo e o sangue de Cristo oferecidos têm um sabor eterno, que alimenta e organiza a nossa alma cada vez que os recebemos. (Mariza Athayde)

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