domingo, 28 de novembro de 2010

Preparação para o Natal


No dia 27 de novembro, realizamos a nossa manhã de espiritualidade em preparação ao Natal que se aproxima, orientados por Ir. Epifânio (jesuíta), que trabalhou a temática “As presenças no Natal de Jesus e em meu Natal”.
Neste sentido, trouxe-nos a proposta de fazer a experiência dupla do caminho de ida e volta, sentindo, percebendo e saboreando o ontem que se fez história e o hoje que nos configura e aponta o futuro.
Lembrou-nos, ainda, que oração é encontro, o encontro de Deus conosco, por isso, é a partir da Encarnação que nos preparamos para o Natal. E ressaltou: se meu espírito está bem, fico mais atento/a e tenho mais disposição para ver Deus em todas as coisas e todas as coisas em Deus. Sugeriu focalizar a dimensão do encontro e perceber as relações, encontrar com as pessoas e captar a essência, pois é na relação com o outro que nos conhecemos e crescemos.
Então destacou: Jesus nasce! Ele vem ao encontro e as pessoas vão a Ele. Os pastores vão a Jesus e Jesus os acolhe. Os anjos vêm aos pastores e anunciam que Jesus nasceu: eles dão a notícia, fazem o anúncio, dão pistas, falam a Boa Nova: Nasceu para vocês um Salvador! O que vocês vão fazer com esta notícia? Vão continuar iguais? Os anjos apresentam a realidade, não fazem o convite para ir ver Jesus. O convite brota nos pastores, que deixam o seu cotidiano, a sua realidade, e decidem ir ao encontro de Jesus. (Lc 2, 1-20).
Recordando-nos o sentido das Oitavas do Natal, Ir. Epifânio justificou a escolha de dois textos que dão continuidade à experiência do Natal e possibilitam perceber a ressonância da festa, do acontecimento. Lc 2, 25-35, é a passagem em que Jesus vai ao Templo, vai dedicar-se a Deus e vemos o encontro com Simeão, homem que esperava... Quando Jesus vem, acaba a espera de Simeão: só faltava isso e aconteceu hoje... Hoje se realizou. Jesus faz mudar a identidade: Simeão já não é mais aquela que espera, mas aquele que encontrou.

Em Lc 2, 36-40, temos o encontro, no Templo, com a profetisa Ana, mulher que se dedicava totalmente a Deus. Já aqui, vemos que Jesus não faz distinção de gênero, encontrava-se com homens e também com mulheres. Este encontro traz a motivação interna, a identidade desta mulher muda confirmando: só precisa encontrar com Ele e plenificar.
No segundo momento, Ir. Epifânio destacou que, anteriormente, havíamos utilizado textos bíblicos e literários, pois houve referência a Drummond e Adélia Prado. Agora, com o coração já aquietado, porque contemplamos a realidade divina, buscando dela tirar proveito para quando vivenciarmos situações similares em nossa vida cotidiana, utilizaremos como texto para a oração pessoal a nossa própria vida.

Então, propôs-nos fazer o caminho de volta: colocar Jesus e toda a Corte Celestial nos referenciais do nosso Natal pessoal, numa analogia a “Um Conto de Natal” de Charles Dickens. Assim, em oração, poderemos resgatar os natais já vivenciados, recapitular a história pessoal e identificar o que me falou mais, por que me tocou, o que tinha de relação com Deus e com a vivência do Evangelho, trazer as pessoas e rezar por elas.
Em seguida, deveremos voltar o olhar para o presente: como vou passar este Natal? O que farei? Quais os planos para o meu Natal Novo? Reconfigurar o olhar: não são os planos para o Ano Novo, mas sim, para o Natal presente e, daí, para os natais futuros. O que desejo que se concretize no próximo Natal? A proposta consiste, então, em fazer uma caminhada por meus natais passados, focalizar o meu Natal hoje e, a partir daí, sentir o apelo que vem para o futuro.
Encerramos esta manhã de oração com a Celebração Eucarística presidida por Pe. Marcelino, SJ.


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