domingo, 25 de novembro de 2012

Manhã de Oração e Espiritualidade

Após fazer a acolhida e lembrar que a missão do CIES é ajudar, animar as pessoas a rezar a partir da espiritualidade inaciana, Pe. Eliomar Ribeiro, SJ, utilizou um vídeo para iniciar a reflexão sobre “A Mística do Advento e do Natal”, enfatizando que: É muito longo o caminho do Natal. É muito longo, comprido e curto também. Belém pode estar muito longe para quem divide e separa o amor. Belém pode estar muito próximo dos que se amam. Qual é a distância de Nazaré a Belém? Qual é a distância do coração de Deus ao coração do homem? Qual é a distância do coração do homem ao coração de Deus? Qual é a distancia de um coração ao outro?
E provocou os participantes com o seguinte questionamento: Qual é o meu caminho? Para onde estou indo?

Prosseguiu, afirmando: o ciclo do Natal compreende três momentos: um tempo de preparação, um tempo forte de celebração e um tempo de continuação, quando fazemos memória da manifestação do Senhor Jesus. Na Grécia, o advento era o dia do ano em que a divindade ia visitar seu templo. O Advento Cristão é tempo de grande compromisso com o projeto de Deus: o plano divino é a paz e a justiça.
Ressaltou: não é só preparar a vinda do Senhor, é festa de celebração do Nascimento de Jesus e, também, de acolhida da missão; tempo de inserção do nosso coração naquilo que o Senhor deseja: paz e justiça. Advento é tomada de consciência de que Deus é Pai libertador, pois o caminho de Jesus é aberto a todos e a salvação não passa pela “história oficial” dos que dominam e oprimem, porque a força de Deus brota onde e quando menos se espera. Celebrar é atualizar o amor de Cristo por nós, traduzindo-o em fraternidade e solidariedade de modo que o mundo inteiro conheça o projeto de Deus e dele participe, pois “o amor prepara para a vinda de Jesus”. Nós preparamos a vinda de Jesus pelo nosso amor.


Lembrou-nos, Pe. Eliomar, o sentido do Advento: 1) Proclamar que o Senhor vem e preparar sua vinda; 2) O Senhor veio morar no meio de nós. Ele sempre vem ao nosso encontro; 3) Implica entrar na dinâmica da vigilância e da espera.
O tempo do Natal recorda-nos que Deus entra na história do ser humano por meio de uma mulher marginalizada e, envolto em faixas, carrega em si toda a história da Humanidade. A vida de Jesus, a cruz e a ressurreição, isto, é o julgamento na História. E a nossa vida é celebrada na vida de Cristo. O Presépio é uma cena, uma expressão do amor. Natal é, também, tempo de alegria, de velas, flores, troca de presentes, é a festa das crianças, por isso convém indagar: o que damos de presente a Jesus?Como podemos colaborar para a alegria de alguém?

Para a Oração Pessoal, Pe. Eliomar propôs que retomássemos o questionamento inicial: Qual é o meu caminho? Para onde estou indo? E orientou que fizéssemos a contemplação da cena do Natal, com os elementos que já conhecemos, buscando, como ensina Santo Inácio, participar dos fatos, dos acontecimentos, através dos cinco sentidos para:

Ver, com o olhar de Jesus que diz: “Eu sou a luz do mundo”
• Ouvir, escutar, auscultar o que Deus me fala, o que o mundo me fala
• Através do tato, tocar, pegar e criar
• Utilizar o paladar para sentir o gosto, saborear e experimentar
• Com o olfato, sentir com e como Cristo Ressuscitado, que é o “Bom Perfume”

Assim, poderemos contemplar e aplicar à própria vida para tirar proveito.


Encerramos esta manhã de oração com a Celebração Eucarística do dia da festa de Cristo Rei, e Pe. Eliomar destacou: Rei de um mundo com outros valores, pois Jesus afirma: “O meu Reino não é deste mundo”. Nós, cristãos, somos chamados a construir um mundo baseado nos valores do Reino pregado por Jesus. Celebrar hoje a festa de Cristo Rei é afirmar Cristo na nossa missão, sem querer lugar de destaque, privilégios, mas para ser servidores.


Cristo mesmo nunca disse que era rei. Quando ele nasceu disseram que “nasceu o rei”; depois, durante a sua vida, é chamado de Messias, mas, quando condenado, Pilatos pergunta a Jesus: “Tu és rei”? (Jo18,37). Mas o Reino de Jesus tem outra dimensão. Pilatos não entende, ele pensa humanamente e, por isso, insiste na pergunta. Nós só podemos entender esta festa de hoje, se olharmos Jesus na manjedoura, nos braços de Maria, e na Cruz, ou seja, a Ressurreição só pode ser compreendida por quem faz a experiência da manjedoura e da Cruz. Cristo Rei está na manjedoura e está na cruz. Claro que está na ressurreição, mas, a ressurreição é a experiência de quem ama. Se amo, experimento os efeitos da ressurreição. Que esta festa de Cristo Rei nos ajude a encontrar o caminho em nós mesmos, com nossa vida e, assim, no modo de servir, assumamos o compromisso de participar da missão do Reino de Cristo. (Marize Pitta e Cesarina Marques)

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