terça-feira, 29 de abril de 2014

Céu, Purgatório, Inferno: A razão da nossa esperança para além da morte. Esse tema, muitas vezes, não é bem aceito, embora, desde os tempos mais remotos, o homem procure dar resposta a um dos principais enigmas da humanidade: a morte. Mas, o que a nossa fé nos diz, o que devemos esperar?
Enquanto muita gente diz que a morte é “a última coisa de nossa vida”, o professor, Padre Geraldo De Mori, sj prefere dizer que é a “penúltima coisa”, e isto explicou ao longo do curso, nos dias 26 e 27 de abril, no CIES.

A morte, por aparecer como a última palavra da vida, desperta muitos sentimentos, principalmente quando se perde alguém muito querido. Foi assim que padre Geraldo iniciou o curso e, depois, nos levou a uma viagem pela história da humanidade, na qual, o homem, por ser “o único” animal que sabe que vai morrer, usa de símbolos, ritos, marcas, luto, missas, monumentos, sepulturas e crenças, para, de algum modo explicar, lidar com a perda e enfrentar o problema da morte.
            Sábado, primeiro dia do curso, foram abordadas as tentativas do homem para explicar o modo como ele enfrenta o problema da morte, isto é, os argumentos; inicialmente, pelos que são adeptos da Reencarnação, as religiões mais antigas, principalmente no mundo asiático; em seguida, as principais formulações das doutrinas reencarnacionistas (hinduísmo, budismo, religiões gregas antigas, mundo moderno, espiritismo kardecista e brasileiro).
            Para o domingo foi reservado o tema da Fé na Ressurreição dos mortos, adotada pelas religiões judaica, Islâmica e pelo Cristianismo, focalizando a fé na ressurreição ao longo da história da fé cristã e como pensar, hoje, a fé na ressurreição dos mortos. Por fim, como a Igreja, ao longo dos séculos, foi relendo a fé na ressurreição dos mortos. O professor conseguiu explicar não só o que as grandes religiões pensam sobre a vida depois da morte como o caminho que a Igreja Católica percorreu até chegar às formulações que a nossa escatologia nos propõe hoje.
O público, com diversos níveis de conhecimento do assunto, se encantou com o conteúdo e com a maestria e suavidade com que o eminente palestrante, doutor em teologia pelas Facultées Jesuites de Paris, Professor de antropologia teológica e escatologia cristã na Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia, a FAJE , apresentou o conteúdo do curso, ancorado em documentos da Igreja, citações bíblicas, ao lado de teologias diversas, desde os primeiros Padres da Igreja, passando por diversos concílios, até os dias de hoje.
O Cies nos ofereceu uma oportunidade ímpar neste final de semana. O título talvez tenha amedrontado alguns que não se inscreveram, mas que nem de longe imaginam o que perderam. Saímos preenchidos e tranquilos, agradecidos e esperançosos de voltar a tê-lo conosco, pois, transmitindo conhecimento, sabedoria e leveza, Padre Geraldo encerrou o curso com uma Celebração Eucarística, na qual fizemos a nossa profissão pausada e conscientemente, conforme a fórmula:
Creio em Deus Pai todo Poderoso Criador do Céu e da terra, e em Jesus Cristo, seu único filho nosso Senhor.
 Que foi concebido pelo poder do Espírito Santo. 
Nasceu da Virgem Maria.
Padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado.
Desceu à mansão dos mortos e ressuscitou ao terceiro dia.
 Subiu ao céu, está sentado à direita de Deus Pai todo Poderoso,
(Cesarina Marques e Lêda Pedreira)

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