domingo, 4 de maio de 2014

Manhã de Oração

        Ao iniciar a reflexão sobre o tema “Maria, Mãe da Esperança”, Lêda Pedreira convidou os participantes a invocar o Espírito Santo e rezar o Sl 131(130). Em seguida, lembrou o Papa Francisco na JMJ, quando insistiu: “Bote fé, esperança e amor”, refletindo que, embora o mundo hoje apresente inúmeros sinais contrários à esperança, nós podemos nos voltar para Maria de Nazaré, no seu cotidiano simples e humilde, cuja única riqueza é o fato de ser aquela que gerou o Filho de Deus.
       E prosseguiu: Maria era uma pessoa de oração, tinha fé e conhecia a sua Fé, porque, como as outras mulheres da sua época, escutava a Torá, rezava e cantava os Salmos, que aprendia pela tradição oral. Lêda ressaltou que o Judaísmo insiste, afirmando que cabe aos pais transmitir este ensinamento, como vemos em Dt 6, 1-9, e nós podemos assimilar este aprendizado, assumindo, como os judeus, que os pais têm de passar esta sabedoria aos filhos.

          Recordando a Anunciação (Lc 1, 26-38), destacou que, ali, acontece uma comunicação, mas nada é explicado a Maria sobre como vai acontecer; entretanto, ela responde: “Eis aqui a escrava do Senhor.” Maria não podia imaginar o sofrimento que estava por vir, embora Simeão tivesse alertado: “Quanto a ti, uma espada te atravessará” (Lc 2,35). Maria continua firme, silenciosa, de pé, em oração, persistindo na esperança, de forma semelhante a Jesus que confiou até o fim, quando exclamou: “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23,46).
Lêda também ressaltou que temos dois motivos para caracterizar Maria como Mãe da Esperança: 1) ela manteve viva a esperança e sustentou a Fé daqueles que estavam decepcionados com a morte de Jesus, o Mestre, na cruz; 2) foi a mãe biológica que gerou Jesus, deu-lhe um DNA humano. E partilhou a recomendação do Papa Francisco para que contemplássemos longamente o Crucificado, porque lá nos mostra a humilhação, o despojamento e o amor maior; assim, poderemos alimentar a esperança no Cristo Ressuscitado. E fez-nos recordar que nós, cristãos, pedimos muito, suplicamos muito e, nem sempre, recebemos o que pedimos, mas o Papa Francisco alerta como é fundamental “Deixar-se surpreender por Deus, viver na alegria e conservar a esperança”.
Foram propostos dois momentos para a experiência da oração de contemplação, também uma recomendação do Papa Francisco, ao dizer: “é preciso recuperar o espírito contemplativo para que o amor de Deus incendeie o nosso coração”: no primeiro tempo de oração, fizemos a contemplação do Evangelho que a liturgia dominical nos apresentou, Lc 24, 13-35; e o segundo, retomando os Exercícios Espirituais Inacianos, a contemplação da aparição de Jesus à sua Mãe, fato que os Padres da Igreja achavam que, realmente, acontecera.
        Lêda também sugeriu “pedir a Nossa Senhora que fique conosco para nos sustentar” e “deixar que o Senhor nos aqueça o coração, porque a chama da esperança cresce sempre junto ao Senhor Ressuscitado, que desperta em nós o desejo de colaborar com o Reino, impulsiona e dá vida”. Para ajudar na revisão da oração, ficaram dois questionamentos:

1.     O que é que, às vezes, me impede de ter esperança?

2.     O que é que me anima a voltar para a minha comunidade e a trabalhar na missão de Jesus?

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