segunda-feira, 4 de julho de 2011

Aprofundamento nos EE Inacianos...



No início deste mês de julho, o CIES N.S. da Estrada acolheu o Pe. Pedro Maione, SJ, que, antes do Retiro de 30 Dias, a começar hoje, dia 04, presenteou-nos com suas reflexões sobre “As Duas Bandeiras” e “Três Classes de Homens”, ressaltando que, no primeiro, o difícil é a coerência e correm o perigo de ficar só na compreensão, sem promover a conversão. A finalidade deste exercício é compreender e assimilar a filosofia do Evangelho e a filosofia do mundo, buscando a coerência com as Bem Aventuranças (Mt 5,1-12), porque é uma opção de vida tornar-se instrumento de Deus. O importante é não fazer propaganda e optar por Ele sem se queixar, pois Jesus não reagiu.

Recordou-nos que a finalidade dos EE inacianos é escolher o estado de vida ou a reforma do estado de vida, através do discernimento, que pressupõe a liberdade interior e requer desfazer-se dos apegos, para optar por aquilo que Nosso Senhor quer ou não quer. Alertou que, muitas vezes, a nossa fé é simplesmente emocional, devocional: amamos Nossa Senhora e os Santos e Santas porque eles nos ajudam. Nós pedimos e eles nos ajudam. Se não queremos uma espiritualidade desencarnada, só devocional, que segue os impulsos e os apegos, precisamos libertar-nos.

E questionou: quem, realmente, quer seguir o Pobre do Calvário? Lembrou, também, que a autoridade deve ser do serviço, sem pompa: Lc 22, 24-27. Mais uma vez, indagou: Eu acredito neste Cristo ou também estaria brigando pelo primeiro lugar? Afirmou, então: enquanto o Mal bate o tambor, o Bem não faz barulho! O Lava-pés significa colocar a vida a serviço!

Tomando o EE 146, lembrou que a finalidade é ajudar todos a alcançar, primeiro, maior pobreza espiritual e a pobreza material, que é a humildade; ressaltou, contudo, que não é o ter ou não ter que está em questão, mas como estamos face às posses e o que fazemos, pois posso não ter e cobiçar, posso ter e estar desapegado. Recordou que estamos em crise de amor, porque não amamos o Pobre do Calvário, e a Via Sacra pode ser uma escola de conversão, um caminho de transfiguração, possibilita contemplar o Crucificado e aceitar os nossos erros, buscando não ser o centro das atenções, mas ponte para chegar a Deus.

Quanto ao EE 149, afirmou que a proposta é meditar sobre os “Três Tipos de Pessoa” para abraçar o melhor e verificar o que queremos seguir, porque todos nós temos nossos apegos e é muito difícil tornar-se livre. O apego nos afasta do amor incondicional e nos impede de seguir o chamamento à santidade. O primeiro tipo de pessoa deixa tudo para amanhã; o segundo é um perigo, pois chega a enganar, pensando que é o amor a Nosso Senhor que o move, mas é o apego; o terceiro tipo deixa-se conduzir pelo amor incondicional.

E destacou que todos nós experimentamos essa dificuldade para a liberdade interior e, às vezes, precisamos de terapia, de acompanhamento, porque não conseguimos, sozinhos, eliminar alguns apegos. O “Terceiro Grau de Amizade” é muito lindo, mas é preciso cuidar para não ficar só no entusiasmo. O caminho para alcançá-lo pressupõe ser eucarísticos, marianos e orantes!

Na Manhã de Espiritualidade (domingo, dia 03/07), o ponto central focalizado por Pe. Pedro Maione foi Nossa Senhora, quando ressaltou que o amor a Nossa Senhora deve ser precedido da busca da imitação, para nos transformar, nos transfigurar, senão, será uma fé apenas devocional. Ela é o caminho para o Filho, por isso é importante olhá-La como ela realmente é, em Lc 1, 22-38, onde se manifesta profunda e explicitamente.

O aspecto que deveria nos tocar mais em Maria é o Faça-se! Levando-nos a questionar: eu estou, realmente, disponível para Deus? Quando nos tornamos dependentes, sem autonomia, nós imitamos Maria?


Lembrou-nos, também, que Maria era mulher forte: pedia mandando e mandava pedindo (Bodas de Caná). Podemos olhar e aprender dela a entrega absoluta e a confiança sem limites. Maria aceitou ser Mãe da Humanidade que crucificou seu Filho. Acrescentou, então: toda a Sagrada Família tem essa atitude, age da mesma forma: Jesus pode ter sentido dor, decepção, mas Ele pede: Pai, perdoa-lhes, eles não sabem o que fazem...José, aceita Maria grávida, obedece ao anjo... É a Família que tem a mesma maneira de pensar. E concluiu: o Faça-se só poderá acontecer com a graça de Deus, por isso é indispensável a oração.

Um comentário:

  1. Olá, irmãos na fé
    Que saudade dos sábios ensinamentos do Pe. Maione!!!
    Trinta dias inesquecíveis no ano de 2000...
    Aqui nesse Blog só encontro paz e bem...
    Abraços fraternais

    ResponderExcluir