domingo, 3 de julho de 2011

Deus nos quer contemplativos na ação...

Disse-lhes Jesus: Grande é a messe, mas poucos são os operários. Rogai ao Senhor da messe que mande operários para a sua messe.” (Lc 10,2)

Não quer Deus outra coisa senão que nos tornemos contemplativos na ação, quando nos diz, por Lucas, para rezarmos, uma vez que grande é a messe.
  • Fato 01: Grande é a messe.
  • Fato 02: Os operários são poucos.
Essa é uma leitura de mundo que o Cristo faz para nos indicar que a realidade não é como gostaríamos, com tudo muito bom (Gn 1,31), mas que a humanidade geme com dores de parto (Rm 8,22).

Ato contínuo: Poucos operários para uma grande messe implica a urgência do trabalho, para que, mesmo sendo poucos, dele possamos dar conta. Seria assim se essa frase fosse analisada a partir de um pensamento linear e meramente racional, cartesiano; ela, imediatamente, ficaria esvaziada de sentido lógico.

Mas, sob a bandeira da Cruz, estamos em outro tempo, estamos em kairós. A urgência do Reino se dá e se revela de outra forma, por exemplo, na singeleza dos lírios do campo que hoje é e amanhã já não é.

Ao invés de se apressar em nos enviar de modo despreparado à missão crua e dura, Jesus nos indica a realidade para melhor cumprirmos a missão: pouca gente, muito trabalho; isso para nos dizer que Ele não nos quer irrefletidamente, ou de qualquer maneira.

Deus não nos quer não orantes. Vide Marta e Maria (Lc 10,38-42): escolher a melhor parte é priorizar o Transcendente, o Divino, o Orante em nós.
Mandar rezar com tanto trabalho a fazer, significa, por fim, que não vamos lutar com nossas próprias forças, mas sim revestidos do Espírito de Javé-Deus.(I Tess 5,8) E se isso não nos der força, nada mais dará.

Enviai, Senhor, operários para a Vossa messe, pois a messe é grande e poucos são os operários.

Salvador, 28 de Junho de 2011.
Ir. Epifânio, S.J.

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