quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Sobre a Oração de Contemplação



Manhã de Espiritualidade 24/10/2010


Numa bela e ensolarada manhã de domingo, estiveram reunidas com o Pe. Pedro Maione cerca de 50 pessoas, inclusive jovens, que escolheram deixar o lazer e outros afazeres, para participar deste encontro de espiritualidade no CIES, quando o jesuíta falou sobre a Oração de Contemplação, alertando-nos que contemplar não é olhar e que, para contemplar, não podemos ter pressa, é preciso parar, sentir... Numa referência a Santa Tereza D’Ávila e ao encontro de Jesus com Marta e Maria, refletiu que a vida moderna não permite isso, porque estamos sempre preocupados e agitados, estas são as características do ativista.
Para fazer uma oração, é preciso prepará-la e recomendou que se escolha um autor sagrado por vez e, ao orar, lembrar de fazer sempre a repetição onde sentir o toque de Deus, quer seja pela consolação ou pela resistência. Alertou que alguns textos bíblicos são mais difíceis para a contemplação, a exemplo de Mt 1, 1-17, onde a relação dos nomes não ajuda, já que retrata homens e mulheres que são um desastre moral, mas poderemos, a partir daí, contemplar que Jesus é um de nós, ele não escolheu a elite, ele se aniquilou até nos seus antepassados. Assim, ficar diante de Jesus, pedir perdão e amor. Ficar diante Dele apenas querendo amar, pois o Senhor se fez nada... Por que, então, eu sou tão soberbo, orgulhoso? Na verdade, eu sou uma gotinha de água que, no Ofertório, se perde no sangue Dele.
Na oração contemplativa, só preciso amar e me deixar amar = “tuificados”, como a mãe que fica perto do recém-nascido quando está dormindo. A meditação deve levar à contemplação. Para exemplificar, tomou Lc 1, 1-38, ressaltando o “Faça-se” de Maria: este “Faça-se” faz cair o véu e, assim, me entrego a Ele. Também recordou a oração “Alma de Cristo”, cujo terceiro pedido deveria ser traduzido como Alma de Cristo embriague-me. Embriague-me de amor. Em Lc 2, 6-7, destacou que é o Filho de Deus que nasce numa manjedoura e não num palácio... Fico lá e me perco, sem palavras, me tornando pequeno, despindo-me do orgulho, da prosopopeia... Santo Inácio fala para tornar-nos um escravinho indigno para servir, estar às ordens.
Prosseguindo, convidou-nos a exercitar a oração contemplativa, fazendo um tempo de oração pessoal, com o texto da Anunciação (detendo-nos no “Faça-se”) ou do Nascimento de Jesus (diante do Menino).
Na ressonância da oração, lembrou que a partilha é um gesto de fraternidade, para não guardar para si. Em seguida, destacou a figura de São José, padroeiro da vida interior, Doutor do silêncio, o homem que desaparece. A Escritura não fala em José, só Maria o coloca em primeiro lugar, quando diz a Jesus no Templo: “Não sabíeis que teu pai e eu estávamos preocupados?”. Podemos pedir a São José a graça de ser contemplativos e pensar José com Maria, contemplando o Menino, na Gruta... Quanto silêncio e quanto amor!
O nosso desafio é transformar a reza em oração, quando tudo desaparece. Contemplar Nazaré → a casinha de Nossa Senhora → o diálogo → a resposta de Maria... Deus está presente aqui. Deus não está no céu, Ele está aqui e onde Ele está é o Paraíso, por isso a necessidade da reverência e do ato de adoração!

Um comentário:

  1. Olá, irmãos queridos na Fé que nos une com amor e pelo Amor!
    Que saudade de vcs aí!!!
    Venho propor-lhe algo no meu post de hoje...
    Conto com sua participação amiga e indispensável.
    Excelente semana,cheia de ricas bênçãos!!!
    Abraços fraternos

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