quarta-feira, 17 de julho de 2013

Pe. Geral Preside Celebração na Catedral

A Catedral Basílica de Salvador, igreja que traz as marcas do apostolado dos primeiros jesuítas nesta Cidade, estava vibrante e alegre, predominando o vermelho e branco, das fitas e camisetas do Apostolado da Oração, cuja orientação espiritual foi entregue à Companhia de Jesus. Também estavam presentes membros dos diversos projetos e obras jesuíticas, que ouviram o Superior Geral da Companhia de Jesus – Pe Adolfo Nicolás –falar, com muita ênfase, sobre o protagonismo dos leigos, ressaltando que, junto aos jesuítas são, todos, efetivamente, colaboradores na missão de Jesus.
Já na acolhida, o Pe. Eliomar Ribeiro, SJ, destacava que “o Pe. Adolfo Nicolás estava visitando a nossa Província BNE e veio participar do MAG+S”, encontro que reuniu cerca de 2.000 jovens peregrinos - oriundos de 50 países – no Colégio Antônio Vieira, em preparação para a Jornada Mundial da Juventude.

A Celebração Eucarística, nesta segunda-feira, 15 de julho, foi em memória do beato Inácio de Azevedo e companheiros jesuítas mártires, o Pe. Nicolás iniciou sua homilia pedindo perdão à assembleia por falar em espanhol pois, se falasse em português seria “um desastre”. Prosseguiu, afirmando que “as leituras de hoje nos falam, de maneira bastante clara, da nossa missão, semelhante à de Moisés, que se aproxima da sarça ardente, Deus lhe chama e dá  a missão de conduzir e salvar o seu povo; Moisés resiste  e pede garantias, porque a missão é grande”. E ressaltou: “este é um paradoxo da nossa vida: a missão é muito grande e nossos meios são sempre muito pequenos, hoje, e sempre foi assim. Santo Inácio sabia que só com um punhado de jesuítas não poderia fazer muito e necessitava de colaboradores”. Refletiu, então: “os livros de História só falam dos jesuítas, mas temos muitos colaboradores. Santo Inácio era consciente de que não podemos fazer sozinhos, necessitamos de muito mais gente. Antes, falávamos da missão dos jesuítas, dos dominicanos, dos franciscanos, dos maristas, etc, hoje a Igreja diz: não, a missão é de Cristo! E foi isso que encontrou Moisés na ‘sarça ardente’: a missão de Deus!”

Disse-nos, ainda, O Pe. Nicolás: “homens e mulheres de profundidade religiosa estão sempre preocupados em como reduzir o sofrimento humano; necessitamos trabalhar juntos, porque a missão de Deus é que faz com que homens e mulheres tenham mais alegria e esperança. E nossos Projetos são meios, assim como o Apostolado da Oração, na sua missão junto aos que sofrem e aos doentes, a oração é o meio”.  Numa referência ao Vaticano II, lembrou que o leigo, antes, tinha pouca participação, o Vaticano II é que enfatizou e ampliou a colaboração dos leigos. E, para ilustrar, contou uma historinha desta época: um dos motores do avião apresentou problema e o piloto falou à tripulação que não se preocupasse porque havia 03 motores e ainda restam mais dois; passado um tempo, o segundo motor também falhou e o piloto deu o mesmo aviso: não se preocupem porque temos ainda um motor; daí a meia hora, o terceiro motor também não funcionava e não sabiam o que fazer, quando uma senhora, lá atrás, levantou e perguntou: tem alguém religioso para fazer uma prece? Então, levantou-se um leigo e começou a fazer a coleta!

Prosseguiu Pe. Nicolás, afirmando que “o Evangelho só os pequenos entendem, porque têm o coração aberto e podem ver que, nas coisas mais simples, se manifesta a Glória de Deus e que Deus está em tudo que nos rodeia. O Evangelho fala de abertura. E lembrou um filme, inspirado no Budismo, que conta a história de um empresário com câncer que deixou tudo por causa da doença, e um amigo lhe perguntou: agora, o significa a vida para você? O empresário doente respondeu: eu levanto pela manhã, vou ao jardim,  vejo uma flor e fico admirado. Agora, eu descobri que estou cercado da beleza que Deus me dá, minha vida tem mais sentido agora! Quem tem coração aberto sabe que a vida está plena de Deus e podemos desfrutar das coisas que fazemos. A popularidade do Papa Francisco vai por aí, porque está falando de coisas pequenas. Vamos pedir que em toda a Igreja, hoje, haja esta abertura e que possamos ver a presença de Deus, porque, assim, estaremos colaborando com a Sua Missão”.

No momento da Ação de Graças, duas leigas – uma do Apostolado da Oração e outra da Congregação Mariana – dirigiram-se ao Pe. Adolfo Nicolás, expressando o agradecimento por sua visita e partilhando a alegria de fazer parte da família inaciana. Em seguida, Pe. Miguel Martins, SJ – provincial da BNE, também expressou seu agradecimento e foi citando as obras jesuíticas ali representadas, sinal concreto da dimensão do trabalho apostólico da Companhia de Jesus na Cidade de Salvador. (texto: Marize Pitta; fotos: Andréa Gómez. Veja mais fotos no www.igrejasantoantoniodabarrra.com.)




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